Gisele G. A. Heleno - 15/10/2013
Viver hoje nas cidades com qualidade de vida é uma questão muito mais complexa do que era, envolve vários fatores de ordem social, política, cultural, econômica e ambiental. As áreas urbanas sempre foram mais atrativas para muitos do que as áreas rurais, provocando deslocamentos populacionais. As pessoas não somente do interior, mas de outros estados do Brasil e até de outros países, eram atraídas pelas “supostas facilidades” de morar em uma grande metrópole, como São Paulo, por exemplo. Atualmente, as cidades são sinônimos de vários problemas de ordem ambiental urbano, sendo assim, o objetivo deste artigo é pesquisar propostas de urbanização sustentável, com foco na nova concepção de construção de prédios sustentáveis para a cidade mais cultural do Brasil. O município, fundado em 1554, teve um crescimento lento e desordenado; não houve, na época, uma conscientização ambiental ou preocupações maiores “como preservar o meio ambiente?”, “como crescer sem causar tantos impactos ambientais” ou ainda, “como colaborar de forma ativa para esse crescimento, respeitando-se o entorno e o planeta?”. Em 1872, haviam apenas 31 mil habitantes, e após quase três décadas, já eram 240 mil habitantes. Em 1960, a população atingia o número de 3,3 milhões. Esse enorme contingente foi resultado da vinda de imigrantes, oriundos de todas as partes do mundo, a partir de 1870, que chegavam à São Paulo para trabalhar nas lavouras e do processo migratório de regiões do Brasil, estimulado pelos governantes da época, o qual intensificou-se em 1923, além dos nativos desta região. E, assim, São Paulo tornou-se, ao longo dos seus 459 anos, a metrópole que é hoje, possuindo mais de 11,8 milhões de habitantes e uma área de 1.521.101.Km², segundo informações do IBGE. Atualmente convive-se com as mais diversas etnias e nacionalidades: italiana, portuguesa, japonesa, espanhola, libanesa, árabe entre outras, e com pessoas de cada pedacinho do Brasil, principalmente nordestinos. Todos contribuíram para o desenvolvimento e para diversidade cultural que a cidade apresenta, com suas tradições, religiões e costumes. Em contrapartida, surgiram diversos problemas sociais e ambientais, advindos do crescimento populacional e da ocupação do território sem o planejamento urbano adequado. Entre eles: trânsito caótico, moradias irregulares, superlotação dos meios de transporte coletivos, violência, educação e saúde com índices insatisfatórios, poluição atmosférica e hídrica, coleta de lixo domiciliar insuficiente e reciclagem de apenas 1% das 15 mil toneladas recolhidas, entre outros tantos. Problemas que prejudicam muito não só o meio ambiente e o planeta, mas também a qualidade de vida de cada indivíduo. Em um comentário feito pela senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO), em abril de 2012, noticiado por Izabela Fernandes, percebe-se o quanto é relevante que se elaborem medidas para uma urbanização sustentável, visando o bem estar da população e consequentemente do meio ambiente: “somente um dado é suficiente para que sintamos o drama da ocupação urbana: as cidades ocupam, atualmente, apenas 2% da superfície terrestre, mas consomem 75% dos recursos produzidos”. Mas o que é urbanização sustentável? São Paulo possui uma grande quantidade de tecidos urbanos, que se apresentam verticalizados, caracterizados pela presença de edifícios comerciais e de serviços; e as periferias, que se desenvolvem, de forma geral, com edificações de dois a quatro andares, com algumas exceções. São comuns também as regiões caracterizadas como favelas, as quais não possuem nenhum tipo de infraestrutura e necessitam de um projeto político-social-urbano. São Paulo é considerada uma cidade de "edifícios baixos". Seus maiores edifícios raramente atingem quarenta andares e a média entre os edifícios residenciais é de vinte. Segundo a página de pesquisas Emporis Buildings, é a terceira cidade no mundo em número de prédios. Diante de todo esse histórico, a preocupação com a urbanização sustentável é crescente em todos os aspectos, mas o objetivo principal deste artigo é pesquisar a nova concepção de construção de prédios que tenham como fundamento principal a sustentabilidade, os edifícios verdes, como são chamados. Por ter uma infraestrutura sustentável, é mais vantajoso para o planeta e às pessoas, pois além da utilização consciente dos recursos naturais, como água e energia, ela prioriza a saúde, com escolhas conscientes de produtos químicos utilizados nos materiais empregados; diminui a emissão de carbono, melhorando a qualidade do ar e desenvolve a economia regional, já que se dá preferência ao mercado local. O foco acaba sendo não só o prédio, mas toda a cadeia produtiva. Esta concepção é um processo de planejamento urbano coletivo e integrado, envolvendo incorporadoras, construtoras, projetistas elétricos, hidráulicos e arquitetônicos, órgãos de regulamentação e o governo, e demais empresas ligadas ao ramo da construção civil. Os edifícios sustentáveis garantem, a longo prazo, economia e vários outros benefícios.
Não se trata apenas de instalar coletas seletivas de lixo e jardins arborizados, os edifícios considerados verdes tem em sua concepção estratégias de engenharia e arquitetura bem planejadas, tanto na sua construção como durante o tempo em que estiver ocupado. Sendo uma questão complexa, existem selos que certificam as obras verdes e garantem a sua legitimidade, mas o processo para adquiri-los leva em média um ano a um ano e meio. O selo mais conhecido é o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - em português, Liderança em Energia e Design Ambiental), do Green Building Council (GBC), órgão responsável pela concessão do certificado. Criado em 1999, nos Estados Unidos, o selo pode chegar a custar 50.000 reais. Hoje, o Brasil é o quarto país no ranking mundial de empreendimentos buscando o LEED, com 384 registrados, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Há outros selos, entre eles um totalmente brasileiro, O AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que tem como princípio o sistema francês HQE e é concedido pela Fundação Vanzolini, a qual está associada à Universidade de São Paulo (USP). Durante o processo de certificação LEED são avaliados inúmeros fatores com base em sete critérios principais: escolha do terreno, uso racional da água, eficiência energética, qualidade ambiental interna, materiais e recursos utilizados, inovações e tecnologias e créditos regionais. Desde 2008, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), criado em 2007, vem organizando simpósios com o objetivo de discutir soluções integradas para sustentabilidade em edifícios, bairros e cidades. Nota-se, portanto, uma preocupação crescente com relação às construções civis e busca pelas certificações verdes, ocasionando um grande movimento na economia brasileira.
A maioria dos selos, por enquanto, foram conferidos aos prédios comerciais, os residenciais são quase inexistentes. É necessário tornar as pessoas tão exigentes quando se trata de prédios residenciais como o são com os comerciais. Embora a acessibilidade aos prédios verdes ainda seja privilégio de poucos, pois é alto seu valor econômico para compra ou aluguel, pode-se procurar alternativas que reduzam os impactos ao meio ambiente e que estejam ao nosso alcance, tornando-nos participativos na melhoria do local onde moramos e não meros espectadores. É importante ressaltar que a sustentabilidade é responsabilidade de todos e a mudança de pequenos gestos irá colaborar para isso. A princípio, pensar de modo sustentável parece algo simples, mas requer um processo interno de conscientização e reeducação ambiental, tornando cada cidadão consciente de si e de seu entorno. Percebe-se que São Paulo cresceu, mas o planejamento urbano ficou esquecido, trazendo inúmeros prejuízos à população e ao meio ambiente. Contudo, a urbanização sustentável é importante e sempre é possível contribuir para esse fim.
ETERNOS NÚMEROS
Blog elaborado para compartilhar experiências com a leitura e a escrita.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Poemas matemáticos
Estou trabalhando com os alunos poemas que contenham termos matemáticos e encontrei este escrito pelo professor Edi. Acabei compartilhando o seu trabalho, para exemplificar aos alunos.
Amormetria | |
Dê-me um apoio (centro)
Num piscar de olhos me transformo em um compasso Giro 90º, 180º, 270º, 360º graus Volta completa na circunferência chamada vida.
Dê-me uma régua ou uma trena
Com ela conseguirei medir ou não nossa distância Que parece infinita.
Dê-me um transferidor para medirmos os graus do nosso amor.
Um esquadro Quem sabe ele possa nos enquadrar.
Dê-me um ponto
Por ele passarei infinitos segmentos de sentimentos Paixão, amor, raiva, ressentimento, gratidão...
Só não me limite com dois pontos
Pois, não saberia que segmento de sentimento Passaria por eles. Professor da rede Estadual e municipal de Juazeiro BA Pós-graduado em Metodologia e Didática do Ensino Superior |
terça-feira, 13 de agosto de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
PLANO DE AULA
Um plano de aula busca aprimorar o trabalho do professor, visto que sua tarefa não é simplesmente transmitir informações, mas sim, elaborar situações de aprendizagem que envolvam os conhecimentos prévios dos alunos e lhes permitam construir novos significados, tornando-os cidadãos autônomos.
Dessa forma é importante que o professor planeje sua aula de acordo a atender o tempo didático disponível e a organização de sua sala, explorando as diversas modalidades de situações de aprendizagem e sempre visando relacionar os objetivos e conteúdos.
Não podemos esquecer que um planejamento é um processo de troca de saberes e experiências entre os pares, além de ser flexível para atender as necessidades que surgirão no decorrer de seu desenvolvimento.
PLANO DE AULA COLETIVO
Docentes: Heloísa H. S. Rodrigues, Rafael M. Paravati, Rosangela M. Ortiz e Gisele G.A. Heleno
Disciplina: Matemática
Tema: Números Racionais
Tempo previsto: 12 aulas
Turma: 9° ano do Ensino Fundamental II
Conteúdos:
- Representação fracionária e decimal (comparação).
- Operações com frações e decimais.
- Sistema de Numeração Decimal (ordens decimais).
- Razão e Proporção.
- Porcentagem.
- Problemas.
Objetivos:
- Retomar o conhecimento numérico dos alunos, de maneira desafiadora e contextualizada; principalmente de suas propriedades e de suas representações geométricas.
- Desenvolver a capacidade de relacionar a noção de número à ideia de equivalência e de ordem;
- Desenvolver as capacidades de reconhecer e operar com números racionais e de resolver e compreender situações problemas que envolvam tais números.
Metodologia:
- Verificar o conhecimento prévio dos alunos, a partir de questionamentos e de um painel com a síntese das ideias apresentadas, socializando-as.
- Apresentar o contexto histórico, para que os alunos possam relacionar e construir os significados a partir dessas narrativas. Uso da linguagem mista (materna e matemática) para dar significados a representação e as operações com estes números. Vídeos explicativos poderão ser incluídos.
- Solicitar pesquisas em jornais, revistas,panfletos, mídias, etc, onde apareçam números racionais e discutir o que for apresentado.
- Elaborar situações problemas além das propostas no Caderno do Aluno e do livro didático, sempre visando contextualizar e desafiar os alunos.
- Utilizar a calculadora como um recurso de aprendizagem, mas sem anular o cálculo mental.
- Utilizar atividades lúdicas: dobraduras, jogos e brincadeiras, relacionados com o tema.
Recursos:
- Livros didáticos e paradidáticos, jornais, revistas, panfletos, Caderno do Aluno, internet, atividades impressas, jogos, malha quadriculada,sulfite, calculadoras, giz, lousa.
Sugestão de atividades:
- Soroban.
- Dominó de frações.
- Construção de um varal com números inteiros, para que seja completado com números racionais.
- Construção de origamis (dobraduras) para trabalhar frações equivalentes.
Avaliação:
O professor poderá avaliar as habilidades/competências dos alunos por meio:
- da observação diária do aluno, durante o processo de participação nas atividades propostas em classe/extra classe e da ação do mesmo nas atividades lúdicas;
- da elaboração de trabalhos/pesquisas solicitados, em grupos/individuais;
- da interação durantes as aulas expositivas;
- de provas objetivas e discursivas.
Recuperação:
Após a avaliação, o professor deverá retomar o conteúdo nos casos em que for verificado o progresso insatisfatório. Para isso deverá diversificar suas estratégias didáticas, optando por exemplo, trabalhar com grupos colaborativos, desafiando os alunos que apresentaram maior progresso a participarem do processo de ensino aprendizagem.
Referência Bibliográfica:
FINI, M. I; MACHADO, N. J. Currículo do Estado de São Paulo: Matemática e suas tecnologias. São Paulo: Secretaria da Educação, 2011. Disponível em: <http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/238.pdf> Acessado em jun/2012.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
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