Vale a pena ler ....Concordo com Meirivania.... leia você também. Rafael Paravati
Meirivania Alves de Souza
RESUMO: Este artigo tem por objetivo apresentar a relação existente e indispensável entre a Leitura, a Escrita e a Matemática. Considerando que, as diferentes linguagens são de extrema importância para a aprendizagem dos nossos alunos, em momento algum podemos desconsiderá-las no processo de ensino e aprendizagem da Matemática, pois na prática da Leitura e da Escrita surge o aprendizado e a absorção dos conteúdos matemáticos aplicados nas práticas sociais de diferentes esferas de atividades humanas, dentre os quais: valores, quantidades, porcentagens, medidas etc. A metodologia utilizada é a da pesquisa bibliográfica, sustentada pelas Orientações Curriculares de Mato Grosso na área de Ciências da Natureza e Matemática, bem como, por autores como Martins (2002), Marcuschi (2008), D’ambrósio (2009), Micotti (1999), dentre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita. Matemática.
1. Introdução
Consideramos de extrema importância relacionar a Leitura, a Escrita e a Matemática, pois quando se fala em Leitura e Produção de textos para os acadêmicos de Matemática há uma reação de espanto e insatisfação como se fosse algo sem interação e dialogo, mas o que devemos observar é que a matemática também é um tipo de linguagem que produz sentidos e interpretações, por isso, objetiva-se apresentar a relação existente e indispensável entre a Leitura, a Escrita e a Matemática.
A metodologia utilizada na pesquisa é a bibliográfica, sustentada pelas Orientações Curriculares de Mato Grosso na área de Ciências da Natureza e Matemática, bem como, por autores como Martins (2002), Marcuschi (2008), D’ambrósio (2009), Micotti (1999), dentre outros.
Compreendemos que, para escrever e falar em diferentes situações comunicativas, precisamos saber ler também os problemas matemáticos que circulam nas diferentes esferas de atuação humana como a comercial, a cotidiana, a publicitária, entre outras.
Assim, necessitamos da leitura e da escrita para dialogar com as proposições matemáticas. Podemos afirmar que, não podemos caminhar sozinhos, não é porque somos acadêmicos de Matemática que devemos ficar longe das diferentes leituras, pois os textos utilizados no processo de ensino e aprendizagem envolvem linguagens que se relacionam: escrita, imagens, gestos, figuras, sons, números, etc.
2. Leitura e Interpretação dos Cálculos Matemáticos
A leitura está presente em todos os momentos de nossa vida, assim como na compreensão da Matemática, esta por sua vez, "auxilia na compreensão e interpretação do conhecimento das outras ciências, colaborando em atividades de estimações, medições, comparações, lógica, análise, entre outras, desenvolvendo ideias, representações e estabelecendo relações, no contexto de convivências" (MATO GROSSO, 2010, p. 05).
Para se realizar os cálculos matemáticos devemos fazer a leitura adequada de seus símbolos, precisamos compreender o que cada exercício nos propõe. Nesse sentido, Marcuschi (2008, p. 236) nos diz que, "para compreender bem um texto exige-se habilidade, interação e trabalho”, por isso, a aprendizagem da Matemática está interrelacionada às demais Ciências, por meio de relações dialógicas.
Vasconcelos (2008, p. 2) nos faz uma colocação importante, dizendo que, “a Matemática não é uma ciência cristalizada e imóvel; ela está afetada por uma contínua expansão e revisão dos seus próprios conceitos. Não se deve apresentar a Matemática como uma disciplina fechada, monolítica, abstrata ou desligada da realidade”, por isso devemos considerar essa relação constante da Matemática com a Leitura das demais áreas de estudo que dialogam entre si.
A leitura parece ser a "princesinha da aprendizagem", quando Martins (2002, p.25) nos mostra ser ela "a ponte para o processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”. Assim, consideramos haver uma relação estável e positiva entre leitura, escrita e Matemática, porque é no conjunto destas que se produzem o(s) sentido(s) aos conteúdos ensinados pelos Professores.
Podemos ser bons professores, conhecedores dos conteúdos de matemática, no entanto, devemos ser bem instruídos para ensinar aos nossos alunos a leitura adequada de cada questão, pois precisa haver relações, comparações, exemplificações, dialogo sobre o conteúdo em estudo. Micotti (1999, p. 162) afirma que, “o saber matemático, do ponto de vista didático, permite destacar algumas peculiaridades: seu caráter abstrato; a precisão dos conceitos; o rigor do raciocínio e a especificidade da linguagem”. Não adianta nada ser um gênio da Matemática se quando abrir a boca para mostrar seus conhecimentos evacua-se um monte de coisas sem sentido, nós professores devemos estar preparados para todas as situações que envolvem a linguagem matemática.
Uma educação de qualidade deve atingir vários objetivos, dentre eles a relação de equivalência entre Linguagem e Matemática. D’ambrósio (2009) nos diz que, a linguagem não envolve apenas letras, mas também a quantificação de atributos de objetos para haver a comunicação. Para o autor, "a Matemática é um instrumento importantíssimo para a tomada de decisões, pois apela para a criatividade. Ao mesmo tempo, a Matemática fornece os instrumentos necessários para uma avaliação das consequências da decisão escolhida" (IBIDEM, 2009, p. 05).
A ideia de que a Matemática só tem utilidade prática naquelas profissões que lidam com números encontram-se cada vez mais longe da realidade, porque a Linguagem Matemática está presente em diferentes gêneros textuais/discursivos, assim, as diferentes áreas de conhecimento precisam ter conhecimento sobre a matemática para realizar as leituras necessárias a compreensão de um objeto ou dos objetos de estudo que envolvem as diferentes Ciências. Devemos valorizar a utilização de diferentes informações para,
saber ler e interpretar diferentes textos em diferentes linguagens, saber analisar e interpretar informações, fatos e ideias, ser capaz de coletar e organizar informações, além de estabelecer relações, formular perguntas e poder buscar, selecionar e mobilizar informações, que são habilidades básicas do ser humano (DINIZ, 2011, 12).
No ensino da Matemática, os professores se utilizam de muitos gráficos, figuras e símbolos, os quais devemos lê-los de maneira correta para haver a aprendizagem do aluno. Desta maneira, é possível visualizar um símbolo e achar que ele é algo totalmente diferente do que realmente se mostra, este equivoco é justificado pela falta de leitura e de prática da escrita que considera as práticas de interação humana, os contextos sócio-históricos e culturais e a forma como as coisas acontecem no cotidiano.
Diante disso, devemos estar cientes que devemos ensinar a matemática por meio da motivação, do interesse, da curiosidade do espírito investigativo do estudante, por meio do qual propiciamos "o uso dos conhecimentos matemáticos na compreensão da realidade e capacidade de resolver problemas no seu cotidiano" (MATO GROSSO, 2010, p. 06).
3. Considerações Finais
Diante do exposto, consideramos que não há distinção entre a Matemática, a Leitura e a Escrita, pois estão totalmente interrelacionadas. Portanto, os professores devem levar para a sala de aula essa dependência que uma disciplina tem da outra, não é porque sou um professor de Matemática que não vou levar textos para meus alunos lerem, ou então porque sou uma professora de Produção de Textos e Leitura que a Matemática deve passar bem longe das minhas aulas. Essas ideias devem ser desconsideradas, temos que fazer a apresentação desses conteúdos em conjunto, para que não ocorra a perda de nenhum conhecimento articulado às diferentes áreas do conhecimento.
4. Referências Bibliográficas
MARCUSCHI, Luiz Antônio. A Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão, Parábola Editorial, 2008 (p. 228 a 281).
MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. São Paulo: Brasiliense, 2005.
MATO GROSSO. Orientações Curriculares: Área de Ciências da Natureza e Matemática. Cuiabá-MT: SEDUC, 2010.
MICOTTI, Maria Cecília de Oliveira. O Ensino e as Propostas Pedagógicas. In.: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani.Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999, (p. 153 a 157).
VASCONCELOS, Cláudia Cristina. Ensino-Aprendizagem da Matemática: Velhos problemas, Novos desafios. Acesso: 25/02/2008.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Teleconferência no programa PEC – Formação Universitária, patrocinada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 27 de Julho de 2002. Artigo retirado do site:HTTP://vello.sites.uol.com.br/aprendida.htm. Acesso: 26/02/2009.
DINIZ, Maria Ignez. Coordenadora do Mathema. Matemática e Leitura.
http://www.mathema.com.br. Acesso: 03/05/2011.
http://www.mathema.com.br. Acesso: 03/05/2011.
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ResponderExcluirEu Aurora participante do curso melhor gestão melhor ensino achei muito bom o seu plano de aula. Parabéns
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